Confissão: Sin City, de Roberto Rodriguez (2005)
Eu sou o que ignora - mas quero saber!.
Não me reclamo o título-coroa de cinéfilo, esticando-me Alex laranja-mecânica para o ter, como os seios de uma rapariga: e não alcanço. Serei, pitágoras novo, ao tirano de siracusa, um filocinéfilo: aquele que apenas pode ser um aspirante de ser amante - há uma certa gravidade e drama romântico em toda a atitude, como o amador de uma paixão a priori perdida.
Quem ama cinema, não leia este blogue. Eu sou o que falhei em tudo, aquele que não viu o passado, mas, alas!, acha-se tão magro do presente. Daqui a cinquenta anos, regressai, filhos pródigos, esses, vós, que amais o cinema: nesse tempo, penso, enfim terei visto tudo quanto urge (grita tanto, como uma mulher a ser esganada na selva por queequegs! - que dor!). Vede-me como uma criança, que se enganou a pretender adulta. Deixai-me crescer,
eu, o que ainda nada vi do neo-realismo italiano,
eu, o que por enquanto desconhece a nouvelle vague francesa,
eu, o que até agora não provou o expressionismo alemão,
eu, o que para já ignora a quinta geração de realizadores chineses,
Sou quem escrevo hic et nunc.
Perdoai-me.
Esforçar-me-ei por ser um ser melhor.
P.S. (póstumo): cortei a última frase do original, que me pareceu despropositada e sem sentido. Este texto era parte de um velho blogue sobre cinema, o re-bobina, que esteve alojado primeiramente no Blogger e depois no Wordpress. Apesar de algumas das afirmações que aqui faço terem sido entretanto ultrapassadas - já vi pelo menos um exemplar quer da nouvelle vague quer do expressionismo alemão - o tom geral do post continua plenamente a justificar-se. Ele será, ainda durante um bom tempo, intemporal.