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Passei a manhã retido no YHA, esperando quatro horas para fazer o check-in às duas da tarde: carregava comigo duas malas pesadíssimas que me proibiam qualquer movimento. Salvou-me o Livro: recuperei o À Sombra das Raparigas em Flor – só lhe tinha lido uma página no avião. Proust restaura-me a alma, apazigua-me; apascenta-me (ainda o irei ler para o Downs). Almocei um falafel e fui ao Accommodation Office aprender a melhor solução a nível de contratos para a casa de ontem. Soube a resposta e mandei ao Mike – o meu wannabe flatmate – um mail com as informações. Estou cansado e a minha esperança está toda e pouca nele: temo a resposta negativa e o recomeço dos pedidos de santuário. Sem muito mais que fazer, fui com M. assinar o contrato dela e ver o quarto. Descobri da sua senhoria (senhora simpaticíssima) que Bristol é em sete colinas como Lisboa e Roma (são estes pormenores que enriquecem uma cidade). Jantámos com o George no subway que merece linhas: tendo-nos dito ele que existia uma subway, muito eu e M. nos admirámos e rejubilámos interiormente, pelo gozo que é um metro. Só hoje à noite soubemos que subway é, na realidade, o nome de uma cadeia de sanduíches de um foot muito alimentícias (mesmo se, claro, inferiores às do O’Briens). O preço também não é o melhor: guardar referência para as refeições domingueiras. Amanhã é dia de emoção forte: importante ter o Proust à mão para consolar o espírito se magoado.
- ₤2.70 (autocarro); - ₤41.90 (YHA); - ₤3.60 (almoço); - ₤6.19 (jantar); - ₤0.56 (chocolate); - ₤2 (internet)*
/foto: Pero's Bridge (frente ao YHA), ponte em memória do passado sujo de Bristol:
a cidade era um centro de tráfico negreiro © M./
a cidade era um centro de tráfico negreiro © M./
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